René Magritte nasceu a 21 de novembro de 1898, em Lessines, na Bélgica.Embora não tenha sido um amante de biografias,creio que não se importaria de darmos o mínimo de atenção para este grande artista que marcou a arte de nosso mundo.
Ele começou a aprender desenho aos 12 anos,por influência do pai.
Em 1912 sua mãe,Adeline,se suicidou jogando-se de uma ponte em um rio.Algumas pessoas dizem que Magritte teria visto o corpo de sua mãe que com a força da água,havia ficado com o vestido cobrindo seu rosto completamente nua.Isso supostamente teria o influenciado em futuras obras como por exemplo em "Os amantes".
A vida do artista não foi muito surpreendente. Casou-se quando tinha 18 anos,em 1922.Mas logo depois teve de partir para Bruxelas e só voltaria a vê-la em 1920.Georgette consegue trabalho na loja que lhe vendia os materiais de pintura.
Em 1927 parte para Paris com o fim de encontrar-se com o movimento surrealista dirigido por André Breton, e de que fazem parte outros nomes como, Paul Eluard, Miro, Dali.
Contudo não adere verdadeiramente aos ideais surrealistas.Volta a Bruxelas em 1930.
Magritte mantêm um melhor relacionamento com os belgas do que com os parisienses.
René Magritte morreu de câncer no pâncreas, em 1967, em Bruxelas, tendo deixado mais de 1000 telas e quantidade semelhante de guaches e desenhos.
Segue agora uma lista de 30 obras do artista:
Mulher no banho, 1925
Antes de 1926, Magritte não era ainda um adepto do Surrealismo, e tateava por outros estilos.
Sem título, 1926
Magritte, inicialmente, fazia colagens, desenhos. Mas aqui já antevemos alguns elementos que apareceriam em “O jóquei perdido“, do mesmo ano, primeira obra na qual ele achava ter encontrado um estilo próprio.
Menina comendo pássaro (O Prazer), 1927
Uma das telas mais macabras de Magritte. Posteriormente, ele aprenderia a provocar o assombramento de forma mais sutil.
A chave dos sonhos, 1927
O Surrealismo bebe muito na Psicanálise, que deve muito à interpretação dos sonhos. No sonho, geralmente nada é o que parece ser, cada objeto simboliza outra coisa. Uma folha é legendada como “a mesa”. Apenas a esponja corresponde ao seu nome.
O dorminhoco imprudente, 1927
Alguém dorme. No subterrâneo (inconsciente), objetos se misturam em um enigma incompreensível.
Intervalo, 1928
No início, Magritte pintava mais este tipo de cena, objetos impossíveis. Posteriormente, passaria a se focar em objetos possíveis em cenas impossíveis.
A idéia fixa, 1928
A máscara vazia, 1928
Uma tela que representa o verso de uma tela. “Céu / corpo humano (ou floresta) / cortina / fachada da casa”. Tudo se encaixa com a tela anterior. Menos a cortina. Mistério e confusão, como nos sonhos.
Tentando o impossível, 1928
Magritte reflete sobre as artes plásticas. O projeto do pintor é sempre falho. Nem a fotografia consegue ser o objeto em si.
A gigantesca, 1930.
Invenção coletiva, 1934
A mãe de Magritte se suicidou em um rio, foi achada semanas depois, nua e com a cabeça coberta por roupas…
Magia negra, 1934
Magritte nem sempre escondia o rosto de suas mulheres. O episódio da mãe morta, definitivamente, não chegava a ser uma obsessão.
O modelo vermelho, 1934
Uma das raras obras de Magritte que pode ter alguma leitura “social” (trabalhadores, pés descalços etc.). Magritte não se envolvia, em suas obras, diretamente com a política.
Clarividência, 1936
Um auto-retrato de Magritte. E mais uma reflexão sobre o ofício do pintor. O artista vê adiante.
O domínio de Arnhein, 1938
Uma das telas mais pungentes de Magritte. Um pássaro enorme, mas não pode voar, preso na rocha. Triste… Ou uma rocha se transformando em pássaro, para finalmente poder se levantar. Os ovos no parapeito fazem pensar que o pássaro seja a mãe a proteger os filhos, como uma rocha enorme. Várias leituras possíveis, como quase sempre é possível com Magritte…
O terapeuta, 1941
O terapeuta desvela os segredos e liberta o que estava recalcado.
O conteúdo pictórico - 1947
Por um curto período de sua vida, Magritte se rebelou contra o Surrealismo e contra seu próprio estilo.
O cicerone, 1947
Canhões expelindo fogo? Uma leitura da Segunda Guerra Mundial, que acabara há pouco tempo? Magritte é quase sempre indecifrável além das imagens.
O sabor da lágrima, 1948
As metamorfoses e fusões aparecem em várias obras de Magritte.
As artes da conversação, 1950
O mágico, 1952
Auto-retrato de René Magritte. Com quatro braços.
O sedutor, 1953
O sedutor é um ilusionista, um mentiroso.
A explanação, 1954
Garrafa e cenoura se unem, formando um óbvio e quase agressivo símbolo fálico.
A chave de vidro, 1959
Se a pedra central se apóia na de trás, ela está para cair. Se flutua, entretanto, paradoxalmente ela tem o estranho poder de não cai. Se a chave é de vidro, ao tentar abrir a porta ela se quebrará. É inútil tentar fixar as obras de Magritte em uma única leitura.
O mês da colheita das uvas, 1959
Homens comuns, milhares. Como em “Golconda“. Todos de chapéu-coco. Isoladamente, pacíficos. Em conjunto, uma curiosidade assustadora, olhando para nossa vida.
A família grande, 1963
Uma das obras mais singelas de Magritte, que, no fim da vida, pintava cada vez menos.
A grande guerra, 1964
A versão feminina de “O filho do homem“, pintada no mesmo ano? A guerra despersonaliza a todos, inclusive as mulheres.
Isto não é uma maçã, 1964
Uma releitura do clássico “Isto não é um cachimbo“. Preguiçosa, sem criatividade? Ou Magritte quis dizer algo a mais? Que esquecêssemos o cachimbo?
A raça branca, 1967
Algumas telas de Magritte foram transformadas em estátuas.
Os trabalhos de Alexander, 1967
Estátuas e telas do mestre do Surrealismo, além de objetos pessoais e até uma reconstrução de seu ateliê podem ser vistas em dois museus dedicados a Magritte em Bruxelas (Bélgica).
Créditos pelas imagens e seus dados ao site René Magritte ,Biografia produzida pelo blog Ponto de Vista.